Em tempos de crise, transparência se torna chave

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O investimento em Governança Corporativa tem aumentado ao mesmo tempo em que diretrizes antigas passam a ser revistas

Transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa são os pilares para que a Governança Corporativa seja realmente eficaz dentro da companhia. Atualmente, este processo é essencial não somente para as empresas listadas no mercado de ações, mas também para as organizações de propriedade privada. Em um momento que o Brasil se expõe por causa de fraudes, corrupção, gestões ineficientes, é fundamental reavaliar periodicamente as boas práticas, incluindo cláusulas sobre processo civil ou criminal para indivíduos que pratiquem atos ilegais ou antiéticos em nome da empresa.

“Com as mudanças e problemas que o Brasil está enfrentando, temos percebido um aumento na busca pela Governança Corporativa em diversas companhias – muitas para revisão das boas práticas – como um sinal de transparência e reafirmação de credibilidade não só ao mercado interno, mas principalmente para o externo. Por isso, temos trabalhado nas estruturas das empresas fazendo um processo de recomendação, implementação, revisão e benchmarking. Com isso, conseguimos identificar os principais problemas e auxiliar os executivos na reorganização dos processos”, explica Erich Schumann, Sócio-fundador da Global Atlantic Partners, Professor-Adjunto da International Business School da Brandeis University (EUA), onde leciona Governança Corporativa e Prevenção a Fraudes e Lavagem de Dinheiro para os alunos do MBA.

No entanto, esta transformação na postura empresarial não é exclusividade do Brasil. Desde o início dos anos 2000, devido principalmente aos escândalos financeiros envolvendo empresas como a Enron e a Worldcom nos Estados Unidos e a Parmalate na Europa, muitas mudanças foram observadas na Governança Empresarial. Segundo Erich Schumann, ainda que os modelos de Governança Corporativa nos Estados Unidos e na Europa tenham diferenças devido às estruturas proprietárias específicas, alguns pontos em comum podem ser observados, tais como:

• Normas regulatórias que demandam maior independência para o Conselho de Diretores (com consequente aumento das responsabilidades de seus membros);
• Aumento dos níveis de garantias, proteção e de poder a acionistas em geral e em específico aos minoritários;
• Regras aprimoradas de transparência na divulgação de dados; e
• Ações mais rígidas das autoridades públicas visando o cumprimento das normas.

“Por isso, a ideia de ter um norte único na questão da Governança Corporativa no Brasil – com a criação de um código nacional de governança corporativa – pode ajudar às companhias na fiscalização de princípios como: Direitos e tratamento justo dos acionistas, Interesses de outros stakeholders, Papel e responsabilidades do Conselho, Integridade e comportamento ético e na Divulgação e transparência da companhia”, afirma o Sócio-fundador da Global Atlantic Partners. “Com isso, a visão do mercado internacional em relação às companhias brasileiras será privilegiada, podendo gerar ganhos financeiros importantes neste momento de instabilidade econômica.”

Veja também: Diário Oficial On-line


Fonte: http://www.maxpressnet.com.br/Conteudo/1,825210,Em_tempos_de_crise_transparencia_se_torna_chave_para_crescimento,825210,5.htm

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